Os comentários deste site são de origem pessoal e não de uma denominação ou igreja específica, respeitamos todas as opiniões e críticas contrárias à linha de pensamento ou raciocínio de interpretação dos assuntos comentados neste blog, porém não publicamos comentários de pessoas que querem cercear a liberdade de expressão no que diz respeito a todos os aspectos da vida, principalmente aspecto politico ou religioso, pelo que também não publicamos comentários heterofóbicos nem homofóbicos, pois Deus nos aponta na sua palavra o caminho certo a seguir e nos mostra o obscuro, dando ao homem a liberdade de escolha.
Assim disse Josué ao povo: "...Porém se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; Porém eu e minha casa serviremos ao Senhor." (Josué 24. 15).

terça-feira, 26 de junho de 2012

O CRISTÃO CANDIDATO E A CAMPANHA POLÍTICA


A propaganda partidária já começou a algum tempo. Este é mais um ano de eleição (Em 2018, os eleitores vão eleger Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais/ Distrital) , e com ele, como sempre,  aparecem os "salvadores da pátria", os "caçadores de marajás"(quem não se lembra?), e outros tantos que querem, através de seus discursos, passar uma ideia que são a solução para tudo.  Alguns deles vem até nós como lobos vestidos de ovelhas. Muitos privilegiados,   discursam até mesmo no púlpito de algumas igrejas (quando permitido).

Eis o motivo:
Salários expressivos:
Presidente:   R$30.934,00.
Governador:  em média R$20.000,00.
Senador: R$33.763,00 (bruto).
Deputado Federal: R$33.700,00.
Deputado Estadual: R$25.200,00

Os dividendos (salários) dos que já estão no poder, além de outros benefícios, são tão expressivos, que quem está lá dentro não quer sair, quer se reeleger, e quem está de fora gasta até o que não tem para poder entrar (Isto nos faz lembrar das "doações" de campanha), o jogo de interesse é tão grande, que empresas (de todo porte), algumas emissoras de TV, e outras pessoas "generosas" da sociedade, fazem contribuições financeiras "gratuitas" para candidatos ao pleito.  Nesta época até partidos que se opõem  fazem "alianças" .  Os demagogos (aqueles que gostam de fazer discurso só pra agradar), populistas e hipócritas, saem dos seus "casulos" e vão à luta em busca de eleitores, se utilizando de abraços, apertos de mão, e toda sorte de gestos, para promover uma hipócrita aproximação com o povo. Alguns, que já estão no poder, mesmo quando não entrevistados, querendo estar sempre em evidência ou aparecer, ao verem uma equipe de reportagem "coincidentemente" aparecem, repetidas vezes, principalmente em Brasilia, passeando por detrás dos repórteres de tele-jornais bem a alcance das lentes dos cinegrafistas, isto não é difícil perceber. Para tanto, é só você, cidadão, habituar-se a assistir os principais jornais televisivos.  

Leia o texto abaixo e veja se o mesmo se encaixa com a atitude de algum candidato político cristão que você conhece:

Os mais graves erros cometidos pelos cristãos que se candidatam a algum cargo político:
pbmarcoaurelio.cristao@gmail.com


Um item a ser observado pelo eleitor:

Muitas denominações pregam a unidade, porém esta unidade é posta à prova no ano eleitoral, é só observar a grande quantidade de candidatos ao mesmo cargo político e que são membros de uma mesma denominação: um erro absurdo!!! Se a denominação fosse unida como no Salmo 133, trabalharia juntando a sua força em torno de uma só candidatura  escolhendo um só candidato que a representasse: A chance de eleger um representante seria enooorme!!!
É incrível como nem mesmo as maiores denominações deste país ainda não se aperceberam, ou fazem que não se apercebem desta verdade!!!
É bem claro que o candidato vencedor tem a obrigação de defender os interesses da população em geral ( quando de acordo com os ditames da palavra de Deus), e não o de uma denominação específica, mas seria uma honra para a denominação ter um de seus membros eleito.
A realidade nos mostra que a maioria já se conformou e acha ser impossível essa unidade.  Isto nos leva a concluir que o interesse de engrandecimento pessoal é maior que o coletivo até mesmo no meio do povo que prega a união.


O cristão e a política:
O povo de Deus precisa de representantes políticos, e a Bíblia esta cheia de exemplos de servos de Deus que souberam representar com mestria este tão sublime povo.
Dentre estes homens podemos destacar: José, Daniel, Esdras, Neemias, e outros que ao longo da história igualmente foram usados por Deus e puderam influenciar a sociedade em que viviam com seus discursos e testemunhos de vida.
Antes de qualquer comentário a respeito do Cristão candidato e a campanha política, vamos fazer um pequeno resumo dos feitos dos homens de Deus citados como exemplo no parágrafo anterior:
José: Foi um dos mais expressivos de sua época, após haver sido vendido por seus próprios irmãos, e ter passado por impressionantes agruras em sua vida, foi elevado a segundo lugar no trono depois de Faraó ao interpretar o seu sonho. Na interpretação, ele previu sete anos de grande fartura e sete anos de grande seca na terra. O homem de Deus orientou os egípcios a pouparem e reservarem grãos em imensos celeiros a fim de se prepararem em vista da iminente chegada dos sete anos de fome que viriam decorrentes do período de seca. Quando o período previsto chegou, o Egito se tornou o celeiro do mundo, no que diz respeito a distribuição de alimentos as nações abrangidas pela escassez de alimentos. Enfim todos foram beneficiados pela sabedoria deste grande estadista chamado José. ( Gen. 37 ao cap. 47 ).
Daniel: Foi representante de Deus na Babilônia. O mesmo movido pelo Espírito Santo, interpretou o sonho do reis Nabucodonozor e Belsazar, e como exemplo de fé e obediência a Deus, não se deixou influenciar pela ideologia política da época que induzia o povo a endeusar os reis e ídolos pagãos e prestar-lhes adoração e culto. Por este motivo obteve a aprovação de Deus, e quando necessitou da misericórdia e do livramento Divino, foi salvo da boca dos leões. ( Dn. 1 ao cap. 6 ).
Esdras e Neemias: Estes dois homens de Deus tiveram papeis preponderantes, no que diz respeito ao desenrolar dos fatos que levaram a Artaxerxes, rei da Pérsia, a assinar os decretos que ordenavam aos Judeus a retornarem a Jerusalém a fim de reestabelecer o culto de adoração a Deus no templo que havia sido reerguido pelo povo que retornara do exílio no decreto de Ciro, monarca anterior, e na reconstrução dos muros que circundavam a cidade que anteriormente haviam sido destruídos pelo exercito do rei Nabucodonozor rei de Babilônia. Atenção cristãos políticos, reflitam no que vamos dizer: Neemias foi governador de Jerusalém por um período de 12 anos. É deste grande homem de Deus a célebre, contundente e exemplar frase: " Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo e tomaram-lhe pão e vinho e, além disso, quarenta ciclos de prata; ainda também os seus moços dominavam sobre o povo; porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus." ( Neemias 5. 15 ).
Para que possamos entender melhor o que Esdras e Neemias fizeram, é preciso ler os dois livros.
Apesar destes representantes de Deus exemplificados na Bíblia nunca haverem feito campanhas políticas para se promoverem perante a opinião pública, porque foi Deus quem efetuou neles tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade ( Filipenses 2.13 ), julgamos que se faz necessário ao membro da igreja que queira disputar cargo político, fazer palanques específicos para esse fim, em locais que não sejam no interior dos templos, mas em locais apropriados como praças, ginásios de esportes e outros locais públicos, com a devida autorização das autoridades competentes. O templo não é local de comício, templo é lugar de adoração a Deus. O púlpito não é objeto local para exposição de discursos políticos, nem plataforma para propagandas que visem a divulgação de aspirações pessoais, mas é objeto local para a pregação da palavra de Deus. Os templos não são palanques políticos. Em Mt. 21.12-13 lemos: " Tendo Jesus entrado no Templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes, está escrito: A minha casa será chamada casa de oração..." note que destacamos parte da frase, ou seja: os que ali vendiam e compravam, para mostrar-lhes que não estavam errados tão somente os que vendiam, e que esperavam obter lucro do seu comercio, mas também os que compravam, por que eram coniventes, e que o templo, nem mesmo a porta do templo, é local apropriado para a realização de qualquer outra atividade que não seja a oração!!! O máximo que se pode fazer no templo em prol dos candidatos políticos sejam eles evangélicos ou não, é a interseção a Deus em favor dos mesmos, para que os votos que receberem sejam a expressão da soberana vontade de Deus para com as suas vidas e a sociedade em que vivem e nada mais.  A atividade na igreja deve estar inteiramente voltada para a adoração a Deus, e não para a divulgação das aspirações pessoais de candidatos políticos.

Nós, obreiros de Deus, somos tentados diariamente pelas ofertas do inimigo de nossas almas, uma delas é a oferta de deixarmos a excelência do trabalho do Senhor para enveredarmos na política em busca de dinheiro, status social e fama.  Se aproveitar da popularidade alcançada em anos de ministério eclesiástico para se candidatar a um cargo político, é algo temerário, pois é difícil acreditar que Deus aprove.  Porém como não podemos julgar nossos irmãos que enveredaram por este caminho, toleramos suas atitudes e os entregamos nas mãos do Senhor que os julgará...



Uma resposta aos críticos de plantão: 
Respeitamos os objetivos políticos de cada candidato, porém por mais que os objetivos sejam justos, ou seja, que visem o beneficio da população de qualquer vilarejo, bairro, município, estado ou nação, ainda que neguem os tais candidatos,  na maioria das vezes, sempre existe algum pensamento de engrandecimento pessoal envolvido na candidatura. Os atrativos são muitos!!! ou seja: altos salários, status social e outros benefícios.

O salário de qualquer político deveria ser igual ao do magistério público nos dias de hoje, e os salários dos professores deveria ser equiparado ao dos políticos atuais.  O professor de menor nível deveria ganhar o valor equivalente ao que recebe um vereador.  Há casos absurdos em que   políticos  semi-analfabetos são eleitos pelo povo e passam a receber altos salários no cargo que ocupam sem fazer praticamente nada.
Não se pode comparar a importância de um professor com relação a de um político!


    

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A REFORMA PROTESTANTE, 505 anos de história ( 31 de Outubro de 1517).

No dia 31 de outubro, a reforma protestante fará 505 anos. 

O autêntico  Historiador não omite os fatos, no tempo oportuno os divulga. E isto está claramente evidenciado nos registros feitos pelos historiadores, cujas sensibilidades foram apuradas, para registrar com exatidão os acontecimentos.

Segundo estes historiadores, as raízes da Reforma Religiosa do seculo XVI, estão na idade média.   O clero medieval  (Lideres religiosos ), tinham uma forte ligação com a nobreza feudal ( os reis e seus apadrinhados, príncipes e detentores do poder financeiro da época . A liderança da Igreja, em geral, era formada por parentes ou filhos dos senhores feudais, que se afeiçoavam mais a vida material do que a espiritual. Se preocupavam em demasia com o rendimento das terras, com o recebimento dos dízimos  com a cobrança dos oficios religiosos, e "outras fontes de rendas." Entre estas outras fontes de rendas, estava o recebimento de valores, bens e outros, advindos da venda de cargos eclesiais: é que alguns membros da nobreza compravam cargos na igreja e se tornavam bispos e abades!!!
Diante deste quadro degradante, no seculo XI, dois pontífices  tentaram "reformar" a igreja: Nicolau II, que através de vários decretos, fez com que os papas fossem eleitos pelos cardeais, não pela influência de imperadores, e da nobreza; Gregório VII, que destituiu todos os bispos e abades que haviam comprado seus cargos, e proibiu a investidura dos leigos nos cargos religiosos. Este fato, gerou uma grande inquietação. É que o imperador do Sacro Império, Henrique IV, que se achava no direito de nomear bispos, pois isto lhe permitia "capitar riquezas", foi contrário a esta proposta. Este fato gerou a famosa "Querela das Investiduras." Na verdade o que estava por trás daquela querela, que foi vencida pelo papa, foi uma luta pelo domínio da Europa Ocidental, entre o papado e os imperadores.
No século XI, com a fundação de vários mosteiros na Europa(conventos), foram criados no interior dos mesmos, centros de ensino que contribuíram significativamente para melhorar o nível intelectual e religioso dos monges  que antes eram analfabetos e de pouca instrução. No seculo XIV, Tomas de Aquino criou a Filosofia Escolástica, que procurava intelectualizar ainda mais a doutrina religiosa, procurando conciliar a fé com a razão.
Neste período de crescimento intelectual religioso, o misticismo difundiu-se nas camadas populares, e já no seculo XV, floresceram as doutrinas dos Valdenses, de João Huss e Wycliffe, que proclamavam a Bíblia como a unica fonte de verdade; rejeitavam a autoridade de Roma, as tradições da igreja, e os, sacramentos, com excessão do batismo e da eucaristia. E além disso, davam enfase a fraternidade e a pobreza, e também o livre exame das Sagradas Escrituras. Estas Heresias, conforme diziam os católicos, acabaram contribuindo para a invenção da Imprensa, que permitiu maior divulgação da Bíblia, pois dantes, sua leitura, estudo e interpretação, estava somente ao alcance de uns poucos privilegiados "doutores" da igreja. Mas estes movimentos, foram aparentemente derrotados pela igreja, e, pelas tropas dos reis e príncipes.  Dizemos aparentemente, pois os mesmos acabaram por contribuir para que a reforma protestante encontrasse força nas camadas populares em algumas localidades.

Por volta do seculos XV e XVI, toda sorte de meios ilícitos de corrupção, promovida pela igreja atingiram o seu ápice. As grandes famílias de mercadores e banqueiros das cidades Italianas, lutavam para conquistar o papado, utilizando-se de todas as armas ao seu alcance: entre elas a sedução, a corrupção... e pasmem até o homicídio!!  A igreja passou a comercializar a fé e a salvação com a venda de Indulgências ( A troca de bens ou valores pelo direito ao perdão total ou parcial e consequentemente  menor tempo no purgatório, dependendo, do valor pago pelo fiel: quanto maior a quantia, maior o perdão), segundo ensinava a igreja, este pagamento dava ao fiel a garantia de salvação! Alem deste absurdo, a igreja comercializava também, relíquias sagradas e até mesmo "Cargos Eclesiásticos".  Não duvidem, mas muitos dos que dantes foram canonizados ou tornados "santos" pela igreja católica, obtiveram os cargos que ocupavam, através de altas transações financeiras, foram usurpadores, corruptos e até assassinos, se incluirmos neste compêndio, os que mais tarde vieram a compor os quadros da Curia, da propalada e famigerada Inquisição. Na época, a coisa estava tão degradante, que até os papas se comportavam mal, pois promoviam guerras, possuíam filhos no anonimato e viviam a apregoar o celibato. Até o papa Leão X, não escapou da tentação. Dizem os historiadores, que para construir a basílica de S. Pedro em Roma, ele negociou na Alemanha com um banqueiro, a venda de indulgências, O que lhe garantiu uma alta soma de dinheiro. 
Por estes e outros motivos, o papado ficou desmoralizado.

Neste ambiente, em que os problemas da fé católica, se misturavam a problemas econômicos, sociais e políticos, que surgiu a Reforma Protestante.

Vários fatores contribuíram para o desencadeamento da reforma protestante: dentre os inúmeros existentes, podemos destacar: 
O Fortalecimento da burguesia, A Formação das monarquias nacionais, O Renascimento Cultural, somado a desmoralização da igreja, em uma época de expansão da fé popular.

Somado a estes fatores, o desvio de capitais para Roma, que contribuía para o enfraquecimento dos tesouros reais, principalmente dos países Europeus, que por este motivo, tinham seu desenvolvimento prejudicado. Muitos reis, como Henrique VIII da Inglaterra, promoveram a Reforma Protestante, para controlar a avidez da igreja por bens e riquezas. 

A medida que se desenvolveu uma cultura antropocêntrica, que valorizava o homem, incentivava o espirito crítico, e, através do individualismo, apoiava o livre exame da Bíblia, criou-se então, a base intelectual para a realização da Reforma protestante.
A reforma de Lutero: Monge Agustiniano, Alemão, professor de Teologia, Lutero denunciou o Clero romano pelos seus incontáveis erros. Em 31 de Outubro de 1517, Afixou 95 teses ou condenações na porta da Catedral de Wittemberg, cidade onde morava. Estas teses, combatiam principalmente as indulgências. Essas acusações, causaram um grande alvoroço na igreja, pois atingiam em cheio dogmas importantíssimos da fé católica. A igreja católica, ao negociar o perdão Divino, segundo Lutero, levava as pessoas para a superstição  pondo em perigo a verdadeira devoção. Lutero também afirmava, que todos os cristãos são súditos de Deus, iguais entre si  e que todos são ministros dele, não havendo necessidade de sacerdotes. De acordo com seu conceito, a única autoridade que os cristãos deveriam seguir, era dos príncipes,  pois este poder temporal fora estabelecido por Deus, de acordo com os princípios do Cristianismo. Ver Epístola do Apostolo Paulo aos Romanos 13.1-7.

Ao legitimar o poder dos príncipes e aprovar a tomada das terras da igreja, a Reforma Luterana ganhou apoio dos príncipes e cavalheiros interessados nessas riquezas. Lutero também afirmava que a igreja romana havia feito dos sacramentos um meio de dominar as almas. Por este motivo, Lutero aboliu todos, a exceção de três: O batismo, a comunhão, e, a penitência. Aboliu também o Culto dos Santos e a adoração das imagens, que considerava reminiscência dos cultos pagãos. Segundo Lutero, todos os cristãos poderiam também examinar livremente a Bíblia, porque a alma iluminada pela fé, se tornava capaz de entender as mensagens do Senhor. Ele propunha também a extinção do celibato clerical, respeitava o lucro financeiro, e a hierarquia social, o que batia de frente com as idéias de Thomas de Aquino, que nos fins da Idade Média, instituiu o Preço Justo, limitando o lucro e impedindo o desenvolvimento do comércio e o consequente crescimento econômico das nações.
A Contra Reforma: A igreja católica vendo-se em situação desesperadora diante do avanço significativo do protestantismo, que se estendia por toda parte, criou meios para impedir tal crescimento, surgiu então a Companhia de Jesus, lançada pelo Frei Inácio de Loiola em 1534 em Paris, e confirmada posteriormente no ano de 1540 pelo papa Paulo III. Os Jesuítas  que se intitulavam, soldados de Cristo, que eram cegamente obedientes ao papa, tomaram a iniciativa de propor e organizar o Concilio de Trento, que se reuniu em 1545. Antes do tal concílio, o papa havia tomado algumas medidas: restaurou os Tribunais da Inquisição. O Santo Oficio, dominado por dominicanos e com sede em Roma, conteve o avanço protestante com o uso da violência, em Portugal, Espanha e Itália. Em 1543, foi criada a Congregação do Index, para publicar a lista dos livros proibidos aos cristãos. Graças a ação dos Jesuítas,  reforçou-se a autoridade do papa e ficou mantida a doutrina tradicional. Ouve a criação de seminários para formar padres, e foi criado um catecismo e um missal.

Inácio de Loyola, fundador da ordem dos jesuítas Companhia de Jesus.
O Concílio de Trento: O concílio de Trento, significou o fim de todo e qualquer liberalismo, derrubando a esperança dos humanistas esclarecidos, que sustentavam idéias esclarecidas e progressistas acerca dos problemas da igreja. Alguns chegaram a propor que a igreja católica adotasse os princípios protestantes, e voltasse a viver a mesma doutrina instituída pelos apóstolos nos primórdios da igreja, como forma de voltar a promover a unidade cristã. Mas esta proposta, esbarrava na autoridade do papa, que se dizia infalível  e não queria perder a posição hierárquica de cargo superior na igreja. Então através deste concílio, criou-se uma igreja mais rígida  e ainda mais presa as tradições, e suas antigas crenças, negadas com veemência pelo protestantismo. Todos os dogmas foram reafirmados. Dentre eles podemos destacar, a transubstanciação  que era a crença na transformação durante a eucaristia do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo; os sacramentos como meio de salvação das almas; a invocação dos santos e suas representações em imagens; manteve-se o celibato clerical; recuperou-se a importância da Bíblia, mas sua interpretação, só era permitida aos doutores da igreja; e a supremacia e infalibilidade do papa foram mantidas; proibiu-se a venda de indulgências e relíquias sagradas e os cargos religiosos não seriam mais leiloados, também foram criados seminários para a formação de padres, estas duas medidas levaram a uma certa moralização da igreja perante a opinião pública; foi criado o Index, que foi um órgão de censura que fiscalizava o campo das artes, da literatura, da filosofia e das ciências, onde todos os artistas foram colocados sob a supervisão de teólogos e eram obrigados a obedecer suas instruções, sob pena de não o fazendo, terem que prestar contas ao temido tribunal da "Santa Inquisição." Entre os absurdos cometidos, há o exemplo de Galileu Galilei, que procurou demonstrar que a terra girava em torno do sol (teoria do heliocentrismo), e foi perseguido pela inquisição, pois contrariava aquilo que a igreja e seus doutores afirmavam durante toda a Idade Média. Galileu só não foi condenado à morte na fogueira, porque renegou sua teoria, e por ter muitos protetores, no alto escalão eclesiástico,  porém foi condenado a prisão domiciliar e proibido de ensinar. Somente dezenas de anos mais tarde, a igreja admitiu seu erro em relação a Galileu. Outros que discordaram dos dogmas católicos, não tiveram a mesma sorte, como o padre Giordano Bruno, que foi um intelectual renascentista que negava a Santíssima Trindade e acreditava no evolucionismo, por este motivo, o mesmo foi queimado na fogueira.

Os católicos se utilizaram de três estratégias para combater o avanço dos protestantes: a primeira era a recuperação das áreas sob influência do protestantismo, através da educação, com a criação de colégios destinados ao ensino primário, para a recuperação das novas gerações; a segunda foi a difusão do catolicismo entre povos não-cristãos, por intermédio da catequese; a terceira estratégia, foi a contenção do protestantismo através dos Tribunais da Inquisição. Julgavam que era necessário conter o crescimento do protestantismo a todo custo, ainda que fosse necessário o uso da força.
A "Santa" Inquisição: o tribunal da Santa Inquisição, tinha por objetivo, o julgamento e a punição das heresias e dos partidários de outras religiões e cultos, que discordavam dos dogmas da fé católica.  O tribunal combatia protestantes, judeus, muçulmanos e hereges de uma maneira geral, em nome da ortodoxia. Mas constituíam também, em grande fonte de renda para o papado, e reis da Península Ibérica. Estes últimos  utilizavam-se da Inquisição para perseguir seus inimigos políticos. Eles agiam da seguinte forma: O processo da Inquisição era instaurado, mediante denuncias feitas contra um indivíduo, o qual suspeitavam haver cometido "crime contra a fé." Em seguida após a condenação do acusado, era promovida a partilha dos bens do mesmo. O denunciante ficava com uma metade e o tribunal da Inquisição ficava com a outra metade. O processo de Julgamento era horrendo: o acusado era submetido a torturas das mais variadas, além de interrogado pelo tribunal religioso. A pena máxima era a morte na fogueira. Os religiosos entendiam, que queimando o corpo a alma do acusado poderia ser salva. Os condenados a morte eram executados através dos Autos de Fé, que eram realizados em domingos ou dias santos de guarda. Eram verdadeiras sessões de sadismo. Numa brutal procissão, os condenados caminhavam vestidos de branco, com seu crime escrito nas vestes, carregando em suas mãos, as tochas que acenderiam as próprias fogueiras onde seriam queimados, sendo insultados pela multidão de ignorantes da fé, que se divertiam com o sofrimento alheio. É até vergonhoso dizer, que tudo isto era cometido por aqueles que se diziam cristãos e pregadores da verdade. Esses cruéis procedimentos dos carrascos, que em nome de Deus, cometeram terríveis crueldades contra a liberdade de expressão, o livre arbítrio e a dignidade humana, eram minuciosamente descritos nos manuais da Inquisição, que tiveram seus arquivos "parcialmente" abertos  no  ano de 2OO8  por ordem do então  papa da igreja católica.

Quando lemos os livros de História Geral pela primeira vez, ficamos perplexos, pois tudo isto esta registrado e é fato verídico e inegável  Esperamos que a Igreja Católica Apostólica Romana, venha como fruto de um verdadeiro arrependimento, abrir a opinião pública, não parcialmente, mas todo o conteúdo dos manuais e segredos, dos Tribunais da Santa Inquisição, para que também possa, após pedir perdão pelos seus atos insanos do passado, receber o total perdão por parte de Deus e da sociedade.  
Afinal, a própria Biblia que tanto mencionam diz a seguinte frase:

"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas aquele que as confessa e deixa alcançará misericórdia.   ( Provérbios 28. 13).


terça-feira, 5 de junho de 2012

A BÍBLIA ENSINA: "SEM O TRABALHO NÃO HÁ COMO TER SUSTENTO".

Neste últimos dias, temos observado que o inimigo de nossas almas tem utilizado as drogas licitas e as ilícitas para destruir a vida dos que a elas utilizam, fazendo com que os homens esqueçam o seu potencial físico e intelectual, levando-os a perda da alto-estima e a uma vida de miséria e ignomínia.  Por este motivo, há milhares de pessoas vitimas destas drogas, que vivem a mendigar em nossas cidades. Algumas delas até trabalham, más vencidas pelo vício, gastam tudo o que têm no consumo de drogas, e quando teem fome, recorrem à pratica de pedir comida nas portas dos restaurantes e residências.  Exemplo este pude presenciar no meu restaurante à poucos dias.  Um certo rapaz, aparentando ter no máximo 25 anos e perfeitamente saudável,  pediu-nos comida. Então iniciando um diálogo com ele perguntei o motivo pelo qual  estava a pedir, sendo que  aparentava ter perfeita saúde e força para o trabalho, e ele me disse, mostrando-me uma nota de cinco reais, que até tinha dinheiro para comprar, porém reservara aquele,  para "outra coisa". Ao ouvir esta resposta ofereci-lhe uma marmita pequena, cujo preço era de cinco reais, o mesmo então parou, pensou... e em seguida saiu pesaroso sem comprar a comida, e sem falar qualquer palavra. 
Além deste exemplo, há outras tantas pessoas, que não trabalham por causa da preguiça, e por estar acostumadas a vida de mendicância, passaram a achar ser  mais fácil sair as ruas para pedir esmolas do que trabalhar, e por isso não querem dispor de nenhum esforço físico próprio, para exercer a uma atividade laboral que lhes proveja o sustento.  Eis um exemplo:  A alguns meses passei a observar uma jovem senhora cuja idade aparente está entre 30 e 35 anos, e que vive a pedir esmolas nas ruas do bairro onde moro.  Fiquei alguns dias a espera de uma oportunidade para indagar-lhe sobre o(s) motivo(s) que a levara(m) a cair nesta vida.  Até que um dia a mesma apareceu na porta do meu estabelecimento.  Dialogando com ela, a mesma confidenciou-me que não tinha disposição e nem interesse em trabalhar, falei-lhe sobre o que diz a Bíblia a respeito do assunto; falei também da salvação em Jesus, e da possibilidade de alguém lhe oferecer trabalho. Para minha surpresa a mesma saiu aborrecida, e até hoje continua mendicando pelas ruas do bairro.  Outro exemplo, é o de uma família que dia destes passei a observar, um casal aparentando ter entre 20 a 25 anos, bem trajado, também carregam consigo três crianças de presumíveis 3, 5, 7 anos, descobri que o rapaz e a moça não trabalham, vivem da mendicância, e de albergue em albergue, explorando da compaixão das pessoas, pelo fato deles possuírem filhos pequenos, e o pior de tudo é que vivem dizendo por ai que são evangélicos.
Para estes e outros que vivem desta forma, a Bíblia trás como exemplo versículos e textos a fim de corrigi-los.  Num destes versículos o apostolo Paulo disse aos crentes que habitavam na cidade de Tessalônica: "...se alguém não quer trabalhar, também não coma."  ( 2 Tess. 3.10).  Estas advertências bíblicas foram dadas porque naquela época havia cristãos, como também há nos dias de hoje, que diziam viver pela fé, porém viviam mesmo é na dependência dos outros. veja o versículo:  "Pois de fato, estamos informados de que entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando, antes, se intrometem na vida alheia."  (2 Tess. 3. 11).
Vou explicar em poucas palavras o que é viver pela fé. Medite nesta frase:
" Viver pela fé é semear mesmo em meio a sequidão, é investir no trabalho e crer que   ainda que seja penoso, ele nos trará condições de no futuro colher do seu fruto."
Assim diz a Palavra de Deus:  "Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará". ( Eclesiastes 11. 4).
Na epístola de Tiago, nós servos de Deus somos comparados ao lavrador ou àquele que trabalha na lavoura e aguarda com paciência o precioso fruto da terra. (Tiago 5.7).
Servo de Deus tem que dar exemplo de fé investindo no trabalho e além de tudo isto ser paciente!!!
Paulo tinha por ofício a fabricação de tendas, e mesmo no pleno exercício da obra missionária, como em corinto na casa do casal Áquila e Priscila, ele trabalhava. "...E posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas". ( Atos 18. 3).
O apóstolo Paulo nos deixou o exemplo de trabalho, sem ter inveja do bem alheio:  "De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes, vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo.  Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário socorrer os necessitados ( os realmente incapazes de trabalhar,  vitimas de alguma tragédia ou forte desigualdade social)  e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus Cristo:  Mais bem aventurado é dar do que receber." ( Atos 20. 34, 35 ).
Deus jamais deixará o justo desamparado, pelo que disse o Salmista Davi:
"O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão.  Fui moço e já, agora sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão."  ( Salmo 37. 23 - 25 ).
A palavra de Deus nos orienta que servo de Deus não pode viver a sua vida inteira dependendo de favores, o mesmo, para dar exemplo ao mundo, tem que trabalhar, ler (2 tessalonicenses 3. 6-12).
A palavra de Deus também nos adverte sobre a preguiça:  "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio." ( Provérbios 6. 6).
Aquele que se converteu ao evangelho e que antes furtava, "...não furte mais antes trabalhe fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir o necessitado". ( Efésios 4. 28).
E que Deus vos abençoe.

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